
A área devastada corresponde a dois terços do território da cidade de São Paulo derrubados de 2005 a 2008, mostrou o Atlas de Remanescentes Florestais divulgado nesta terça-feira, 26, pela Fundação Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O ritmo do desmatamento se manteve em comparação com os dados de 2000 a 2005, quando a média anual de derrubada foi de 34,9 mil hectares. Nos últimos três anos foram desmatados, em média, 34,1 mil hectares por ano. "Está se desmatando na mesma velocidade", diz Mantovani. "Nesses três anos, confrontando com os cinco anteriores, foi desmatado quase o dobro nos dez estados analisados.O resultado desse cenário é que, somados todos os fragmentos de floresta com mais de três hectares, resta hoje no País apenas 11,4% da cobertura original dessa vegetação. São apenas 147 mil quilômetros quadrados de mata atlântica". Minas Gerais foi o Estado que mais destruiu, com 32,7 mil hectares de mata derrubados de 2005 a 2008. O coordenador técnico do estudo, Flavio Ponzoni, do Inpe, classifica o Estado como "o grande desflorestador". "Os motivos são ora a agropecuária, ora a especulação imobiliária. Políticos e dirigentes promoveram toda sorte de maldades contra a mata, culminando em um código ambiental estadual inconstitucional."
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