quarta-feira, 14 de julho de 2010

Selos verdes : cuidado

De madeira a alimentos, a profusão de selos verdes no mercado confunde o consumidor. Um levantamento recente no Brasil apontou a existência de 600 selos verdes ou com atributos de sustentabilidade - grande parte é de selos colocados pelas próprias empresas, sem auditoria ou verificação independente.

Um outro estudo, internacional, reforça a ideia: o World Resources Institute (WRI), entidade com sede em Washington (EUA), mapeou a existência de 340 selos socioambientais em 42 países. Menos de um terço dos selos pesquisados monitora os reais impactos sociais e ambientais da cadeia produtiva.

Há uma grande quantidade de selos autodeclarados: eles não são auditados de maneira independente e contam apenas com a chancela da própria empresa que comercializa os produtos

Ao mesmo tempo, a questão ambiental vem se tornando uma ferramenta de marketing importante para as empresas, que passam a usar os termos "eco", "orgânico" ou "natural" para vender produtos. "Esse tipo de propaganda na embalagem mais confunde que orienta".
Para fugir das armadilhas o consumidor deve ler os rótulos com atenção, pesquisar, buscar referências.
O mercado socioambiental, embora ainda seja pequeno - 21% -, a tendência de certificação ambiental é um fenômeno global.

O mercado para produtos verdes está longe de ser irrisório. Segundo dados do estudo A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e divulgado ontem em Londres, o mercado para produtos agrícolas certificados, que em 2008 estava orçado em mais de US$ 40 bilhões, alcançará US$ 210 bilhões em 2020.

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